A Capela da Paz ou igrejinha da 2300, como ficou conhecida na cidade, foi construída, graças à iniciativa de uma Luterana de Curitiba, Berty Jensen que veio morar na praia em Camboriú no ano de 1956. Ela bateu de porta em porta pedindo apoio para construir a Igrejinha, que serviria como ponto de encontro para moradores e veranistas luteranos de cidades vizinhas como Blumenau, Pomerode, Brusque, Rio do Sul. Os luteranos da então “Praia de Camboriú” tinham que ir a Itajaí para participarem dos cultos que lá eram realizados uma vez por mês. Dona Berty solicitou ao Pastor de Brusque que atendia a comunidade de Itajaí, uma vez por mês atendesse em Balneário Camboriú. Pastor atendeu ao pedido e começou a realizar os cultos na residência de Dona Berty e logo o espaço se tornou insuficiente, pois cada vez mais aumentava o número de fiéis.
Pastor Lindolfo Weingärtner percebeu a necessidade de construir uma capela. Um dos frequentadores dos cultos era o senhor Paulo Tesch, pedreiro amigo de Dona Berty, perito em construção, ouviu um pedido de ajuda para construção da capela e nesse mesmo dia foi aceito e feito um juramento entre os três. A partir deste momento, começaram a busca por ajuda financeira nas empresas das cidades vizinhas, o que superou as expectativas. A obra foi concluída pelo Sr. Tesch e mais um pedreiro em 7 semanas.
Sra. e Sr. Tesch
A inauguração ocorreu no dia 22 de Janeiro de 1961. Estiveram presentes o Pastor Lindolfo Weingärtner, Praeses Hermann Stoer, Presidente do Sínodo Evangélico de Santa Catarina e Paraná, representantes das comunidades de Itajaí, Blumenau e Brusque. Daí em diante, os cultos eram realizados rotineiramente e as edificações do entorno serviam para a realização de retiros e seminários.
Em 1998 a capela foi tombada pelo patrimônio histórico do município de Balneario. A associação Wally Heidrich, proprietária do imóvel, diante do tombamento, teve dificuldades de manter as edificações do local. Em 2012 iniciou-se o processo de restauração da capela, através da empresa CIAPLAN com intuito de preservar o local e mantê-lo, para ser utilizado pela população como ponto turístico da cidade e para celebrações ecumênicas.